Resenha Left To Die
Matérias & Notas
Publicado em 14/01/2025

Left To Die chega a Curitiba com todo seu peso, comprova sua importância histórica no Death Metal mundial.

O show aconteceu no Jokers, e proporcionou uma quarta-feira inesquecível para os fãs.

A apresentação do Left To Die aconteceu no dia 9 de Janeiro de 2025, e foi um presente e tanto para a capital Paranaense. O local, o Jokers Pub, já velho conhecido dos Curitibanos, é localizado no centro histórico da cidade, adicionando um toque nostálgico ao evento.

Importante ressaltar que a banda Left to Die traz alguns nomes importantes na história do Death e do legado de Chuck Schuldiner, o guitarrista Rick Rozz e o baixista Terry Butler, ex-membros do Death, além de Matt Harvey e Gus Rios. A turnê celebra o material do Death nos anos 1980, e é focada nos primeiros discos da banda: Scream Bloody Gore, disco de estreia e o clássico Leprosy. Mesmo com o set list enxuto, o Left To Die prometeu um show pesado e intenso dignos da época do Death.

O evento não contou com banda de abertura, no entanto, para entreter aos que chegaram cedo ao local, havia um estande com livros e camisetas oficiais da banda. O livro que estava à venda era o título “Death By Metal -A História de Chuck Schuldiner”, lançado no Brasil pela Estética Torta, do autor Rino Gissi. De acordo com a produção do show, a banda faria o possível para autografar os livros e atender aos presentes sem custo algum.

No palco: Left to Die

Interessante observar que o local contava com cortinas vermelhas que escondiam a movimentação no palco, aumentando a expectativa do público.

Neste momento, grande parte do local já estava tomada pelo público, que aguardava o início do show, com gritos que entoavam os clássicos da banda. Também não faltaram os gritos: “Chuck”, “Chuck”, em lembrança à figura única do vocalista, falecido em 2002, após uma longa luta contra um câncer no cérebro.

E finalmente o manto vermelho que separava público e músicos é aberto por volta das 20:40, trazendo o Left To Die já preparado para executar “Leprosy”, o primeiro clássico da noite. Durante a execução da primeira e da segunda música “Born Death”, percebe-se que os músicos ainda estão se alinhando, verificando o som e outros detalhes. Mas nada que comprometa as excelentes performances.

Destaque para o baixista Terry Butler, que atualmente também faz parte da banda Obituary, outro petardo do Metal. Sua maneira de tocar chama atenção pela tecnicidade e talento do músico, além de sua visível concentração, permanecendo ao lado direito do palco por quase toda a apresentação.

Após algumas músicas, o frontman Matt Harvey, com estilo e técnica muito parecidas com as do próprio Chuck, conversa com a platéia. A simpatia do músico é um capítulo à parte, sempre tentando interagir com o público e mostrar gratidão por estar ali. Importante dizer que em vários momentos ele tentou acalmar os companheiros de banda, quando o equipamento de Rick Rozz apresentou algumas falhas.

Finalmente a descontração e o entrosamento retornaram, com a execução de “Infernal Death” do álbum Scream Bloody Gore, momento em que o público cantou junto e algumas rodas de mosh começaram a se formar ao lado esquerdo da platéia. Justamente onde estava o protagonista da noite, o grande guitarrista e responsável por algumas das primeiras composições do Death, Rick Ross.

Cabe um capítulo à parte, pois infelizmente, situações delicadas acontecem. Nesta noite de Quarta-feira, não foi diferente, onde ocorreram alguns problemas técnicos nas guitarras e vocais de Rick Rozz. Apesar da falha não ter comprometido a emoção do público, o guitarrista e fundador do Death mostrou-se incomodado com o problema, deixando transparecer em suas feições.

Inclusive, a banda fez duas pausas discretas, onde os outros integrantes interagiam com o público, enquanto Rozz dirigia-se à mesa onde estavam os técnicos de som, mostrando preocupação com sua performance. Mas logo, retornava ao palco e mostrava todo seu talento.

Por volta das 21:50, um anúncio inusitado, dia 9 de Janeiro é o aniversário de Rozz, foi então que luzes especiais brilharam e todos cantaram um “Happy Birthday to You” com muita emoção. Afinal, não é todo dia que você compartilha o aniversário com um guitarrista ícone de uma geração.

“Pull The Plug”:

Por fim, chega o final do show, com a execução da última música “Pull The Plug”, um misto de alegria e tristeza tomam conta de todos e resta somente aproveitar o momento. A banda fica mais descontraída, os músicos conversam de perto com o público, apertam as mãos, enfim, tudo que um show de Metal tem direito. Palhetas são distribuídas, muitos agradecimentos. Somente Rick, que acabou saindo do palco um pouco mais cedo, talvez devido às preocupações da apresentação.

Autógrafos e lições de humildade:

Apesar do setlist um pouco mais curto em Curitiba, para os que ficaram perto ao palco após o show, tiveram algumas surpresas, já prometidas. Os integrantes Matt Harvey, Gus Rios e Terry Butler atenderam a todos os fãs, com autógrafos, fotos, conversas e muita simpatia. Poucas bandas são capazes de tanta humildade, a ponto de agradecerem a todos por terem comparecido. O único que não estava presente era Rick Rozz.

Mas entretanto, para os insistentes de plantão, uma surpresa. O surgimento de Rick Rozz ao local, simpático e acessível, apesar de poucas pessoas, ele atendeu a todos e o sentimento que ficou foi de sinceridade e um discreto agradecimento pelo público entender que às vezes, errar é humano.

Setlist Oficial - Left To Die:

1. Leprosy

2. Born Dead

3. Forgotten Past

4. Infernal Death

5. Sacrificial

6. Open Casket

7. Primitive Ways

8. Choke on It

9. Torn to Pieces

10. Regurgitated Guts

11. Left to Die

12. Zombie Ritual

13. Pull the Plug

14. Evil Dead

Texto escrito por: Paula Butter(@ButterPaula)

Crédito Foto: Vladimir Silverio(@Vladi.Metal)

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